sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tudo Novo de Novo


17 de abril de 2010, 01:20h.

Essa tem sido uma semana de muita ansiedade pra mim. Desde o dia 5 de dezembro a gente não toca, ensaia ou pega nos instrumentos pela Quarteto. Acho que estou musicalmente subindo pelas paredes.

Foram mais de quatro meses onde tudo o que fizemos foi procurar um baterista que quisesse e pudesse tocar com a gente. Como Silvio já disse lá no nosso Myspace, foi um trabalho árduo, mas parece que dessa vez vai.

No último sábado, pela primeira vez em todo esse tempo, nos reunimos pra falar do único assunto que não vínhamos falando e o mais importante pra a vida de qualquer banda: música.

Que sensação maravilhosa é conversar sobre música! O que vamos fazer com o repertório? Quais músicas vão sair e quais vão ficar? Quais vão entrar? Quando vamos ensaiar? E o melhor de tudo: quando vamos tocar?

Quando vamos tocar, ainda não sei, mas daqui a pouco (09:30h) ensaiaremos! Hora de conferir todos os equipamentos, relembrar todas as músicas que não tocamos durante esse tempo e voltar a fazer o que a gente mais gosta de fazer, com quem a gente mais gosta. A expectativa é grande, afinal de contas a saudade é enorme.

Muita coisa nova deve chegar por aí e o trabalho recomeça com aquela velha empolgação de sempre e com muito aprendizado a partir dos erros do passado.

Nunca é demais agradecer àquelas pessoas que perguntam e torcem pela gente. A certeza é que a Quarteto de Cinco volta a tocar em breve e espera, com muita ansiedade, poder reencontrar com vocês!

Até breve!

Beto Calasans




Ao som de "Todos os Amores são Iguais" (Maglore) - www.maglore.com.br

terça-feira, 6 de abril de 2010

Você faz cover de quê?


Um novo mercado surgiu aqui em Salvador, essa parada de banda cover virou epidemia. Todo dia agora tem show dos Rolling Stones, Amy Winehouse, até Beatles e este vem ainda em várias versões: tiozão, gordinho, haole, universitário.

Isso, na minha opinião, pode ser fruto da facilidade de se produzir música hoje, da quantidade de fonogramas disponibilizados, da falência da indústria fonográfica e que resulta no desinteresse dos empresários em apoiar artistas que tenham um trabalho inédito e consistente.

Mas ai o outro me pergunta, “então você quer dizer que não se vai ter mais shows inéditos?”. Primeiro que eu não digo nada, segundo que muitas dessas bandas que fazem cover têm um trabalho autoral e se utilizam dos covers como estratégia para poder financiar os seus reais anseios.

Mas ai eu, agora sim, digo: será que essa onda de revivescer sempre o passado não vai causar um certo medo nos consumidores de música ao se deparar com algo novo? Os adeptos garantem que não. Eu já não arriscaria tanto porque esse medo parece que é inerente ao público baiano, tanto que desde a década de 80 a Bahia e seus músicos são reféns do Axé Music.

Para os pessimistas essa é uma estratégia das grandes gravadoras, que agora dominam as casas de shows e incentivam essa prática para que o montante fonográfico que encontramos em myspaces, “palcomp3zes”... sejam sucumbidos pelos grandes clássicos. Assim tudo que aparecer, eventualmente, de novo será produzido por essas empresas e o mercado fonográfico estará salvo. Faz sentido, mas eu duvido.

O fato é que eu estou adorando essa idéia de um monte de banda, que eu nunca pude ver ou que nunca mais vou ver, tocando aqui perto, mas sinceramente sinto mais falta de ver uma banda nova e dizer: Que banda do caralho!*.


Silvio de Carvalho


*Bandas novas do caralho

- www.maglore.com.br
- www.myspace.com/bandacord
- www.neologia.net
- www.quartetodecinco.com.br