segunda-feira, 14 de novembro de 2011

QUARTETO NA ÁSIA #1 - A Viagem


"Bi dá ibagens, han?!"

A correria foi tão grande nesses dias de vinda pra cá, que ficou difícil escrever qualquer coisa pro blog. Mas, agora que deu uma parada, acho que vai rolar.

Saímos de Salvador na quinta-feira, 12:35. A concentração no aeroporto 2 de Julho foi intensa. Pais, mães, irmãs, namoradas e tudo o mais. Parecia que a gente ia passar um ano longe, mas foi massa ver todo mundo junto, mandando energia positiva.

No voo, uma pessoa, que parecia não estar nos seus melhores dias, sentou ao lado de Silvio, resmungando de tudo e todos. A cena dela dormindo no avião é algo impossível de descrever. Só sei que o travesseiro dela tava num lugar, e o corpo em outro. Foi inevitável não dar risada da cena. Já em São Paulo, ela praticamente tirou o carrinho da mão de João e começou a pegar sua bagagem. Eram caixas e mais caixas. Parecia que não ia acabar nunca! Empilhou todas no carrinho e... a pilha despencou toda, sob os olhares e risos contidos de todos. A vontade era dizer "Toma sacana!".

Em Guarulhos, encontramos Renato Zangrossi, da Yamaha (nossa babá), fomos fazer o câmbio, comer uma pizza e embarcar. Sabe aquelas filas de banco que fazem vários zig-zags? Era a fila do embarque internacional. Eram todos os voos na mesma fila. Confusão! No caminho, tinha uns relógios com os fusos de várias cidades do mundo e a gente não podia perder uma piada interna clássica. João tirou a foto "Eu em Londres". Ainda deu tempo dele jogar um desodorante inteiro fora. Todo mundo falou o dia inteiro que não podia embarcar com mais de 100ml na bagagem de mão, e o surdo não ouviu nenhuma vez.

Entramos no avião por volta das 18h. Ele era um monstro, um Boeing 744, enorme! E o desespero começou a bater. Tudo dentro dele era em alemão. Os vídeos, falas das aeromoças, cartões, revistas... Tudo em alemão. Quem lê? No mais, a ida a Frankfurt foi muito tranquila, apesar das 11 horas de viagem. Thiago não pregou os olhos, Coelho deu ataque de rinite, João jogou o casaco em cima da cabeça pra tentar, em vão, dormir bem e Beto e Silvio, sentados na mesma fila, assistiram filme e dormiram, na medida do possível. Nossa alimentação no avião foi ótima. Nunca tínhamos comido tanto e tão bem em avião então, para os viajantes costumeitos, aquela comida foi dos deuses pra a gente. O detalhe foi pra as aeromoças perguntando as coisas pra Silvio, em inglês, e a resposta dele era sempre a mesma: "Coelhote?", esperando a tradução.

Chegamos em Frankfurt às 10:20 de lá (07:20 do Brasil), no dia 11. O aeroporto de lá é muito grande e não demorou pra a gente se perder. Coelho precisava fazer o check in, pois houve um problema com a passagem dele e só o entregaram a passagem do primeiro trecho, então rodamos o aeroporto em busca de alguma informação pra que ele pudesse pegar a do segundo. Na fila do check in, encontramos uma brasileira, que mora na Alemanha há 20 anos, e fomos pedir ajuda pra entender as coisas no aeroporto. O erro! Ela perguntou pra onde estávemos indo e, quando dissemos Seul, ela disse que o povo de lá é maravilhoso e que nós poderíamos encontrar Jesus lá. Nada contra Jesus, nada mesmo! Mas a conversa acabou ali. Não conseguimos nenhuma informação. Encontramos um restaurante e sentamos pra matar a fome. Aproveitamos pra matar a curiosidade experimentando uma cerveja alemã. Enquanto isso, Beto experimentava uma Coca-Cola, mas (muita ênfase nesse momento) TOMOU UM GOLÃO DE CERVEJA! Pra quem não sabe, Beto não bebe. Terminamos de comer, levantamos e fomos ao embarque, rumo ao nosso destino final: Seul.

O segundo trecho da viagem foi basicamente como o primeiro. A companhia era a mesma do anterior. As diferenças estavam na televisão, onde podíamos assistir a vários filmes e na comida, já tipicamente coreana. As possibilidades de filmes eram muitas: Thor, Lanterna Verde, entre outros, mas Silvio conseguiu uma façanha. Ele foi o único que encontrou, em algum lugar do além, Capitão América e depois a televisão dele travou. Mágica! E a comida? Difícil! Tinham coisas que nunca tínhamos visto, mas experimentamos. Tinha um saco com algo que parecia repolho com molho de tomate. ledo engano, pois era pimenta. Era muito ruim! Muito ruim mesmo, e todo nós deixamos sobrar.

Chegamos em Seul às 12:40, horário local (01:40 do Brasil), no dia 12 e a correria começou, mas isso é assunto pra o próximo post.

Não esqueçam! Dia 18, a gente toca no Groove Bar com a Velotroz. Esperamos todo mundo lá!

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