sexta-feira, 18 de novembro de 2011

QUARTETO NA ÁSIA #3 - Tóquio, Japão. Dia 1


"Bi dá ibagens, han?!"

Como a nossa estadia no Japão gerou muita história pra contar, achamos melhor dividir ela em duas partes, uma para cada dia.

Embarcamos no avião, em direção a Tóquio, no dia 14 às 12:45 (01:45 do horário brasileiro), cheios de empolgação com o que iríamos conhecer. A viagem de uma cidade à outra dura aproximadamente 2 horas, então estávamos certos de chegar cedo ao Japão e poder aproveitar ao máximo o que nos restaria do dia. Mas a vida nos preparou algumas surpresas.

Chegamos no horário previsto, por volta das 14:45, e desembarcamos do avião em direção à imigração. Éramos em sete pessoas: nós cinco, Renato e Hiwasa, gerente de Marketing da Yamaha no Brasil, japonês e meio que nosso guia. Naturalmente, precisamos nos separar de Hiwasa na hora da apresentação do passaporte para a imigração. Fomos, cada um pra um guichê e começou o problema: várias perguntas perdidas sobre o que íamos fazer no país, conversas entre os atendentes, em japonês, e a gente olhando um pra a cara do outro sem entender nada. Acho que se passaram uns 10 minutos nisso, até que Beto, Silvio, Thiago e Renato foram levados a uma sala, enquanto Coelho e João foram liberados. Os quatro "presos" sentaram numa sala e ficaram assistindo à movimentação das pessoas, resolvendo o problema. Tudo resolvido, pelo menos pra uns; Beto, Silvio e Renato foram liberados e Thiago ficou mais um tempinho sozinho. Mas foi rápido. A explicação foi que o nosso visto era de turista mas, como todos eram músicos, eles queriam saber se estávamos indo fazer algum show por lá, o que era proibido pra o nosso tipo de visto. Conseguimos entrar em Tóquio.

Por conta do atraso, perdemos o ônibus que nos levaria ao hotel, e precisamos ir de metrô. Entramos com mala e cuia no primeiro trem, sem ter a mínima noção do que nos aguardava. Admiramos a cidade, tiramos várias fotos e fomos pulando de trem em trem em direção a Shinjuku, a estação mais próxima do hotel. O problema é que, à medida que o tempo foi passando, foi chegando o horário de pico e o metrô foi ficando cada vez mais cheio. Quando fomos entrar no último trem, na estação Shinagawa, a confusão foi tão grande que, dois de nós não conseguiram entrar. João e Thiago ficaram do lado de fora, pra desespero de todos.

Começou então uma sequência de suposições, erros e acertos de julgamento pra que pudéssemos nos encontrar. Enquanto o grupo que entrou achava que os dois ficaríam parados na estação, esperando que alguém voltasse, eles saíram pra procurar alguma forma de entrar em contato pela internet. Hiwasa saltou na estação seguinte pra esperar, caso eles tivessem entrado no trem seguinte, esperou três passarem e voltou à estação, mas não os encontrou. O outro grupo foi pra Shinjuku, esperar a resolução do problema. Pelo menos 40 minutos se passaram até a hora em que Hiwasa chegou, sozinho, a Shinjuku. O grupo, então, resolveu se dividir: Coelho ficou na estação e os outros foram ao hotel, tentar algum contato via internet com a dupla dinâmica. Dessa forma, os dois grupos conseguiram se comunicar e resolver o quiproquó. Hiwasa voltou à estação e esperou, com Coelho, pela chegada dos dois.

A programação pra a noite foi matar a fome e visitar um bar de uma amigo de Hiwasa. Fomos a um restaurante típico, para experimentar o tempurá. Ao contrário do que achamos da comida coreana, a japonesa é deliciosa. No Japão então...! O tempurá era um mix de camarão, enquia do mar, beringela, cogumelo e aspargo empanados. Acompanhava, o sempre presente, arroz, sopa e um molho. Comemos muito e saimos mais do que satisfeitos com a refeição.

De lá, fomos ao bar do amigo de nosso anfitrião. Willie é um japonês apaixonado pelo Brasil e seu bar é todo decorado com cartazes, discos e bugigangas brasileiras. O nome do bar é Aparecida. Ele tinha discos de tudo: axé, pagode, samba, funk carioca, bossa nova, rock e tudo o mais que tem no Brasil. Raridades! Na verdade, o que estava acontecendo era uma reunião de pessoas que, como Willie, adoram o nosso país. Ouvimos eles tocarem muitas músicas brasileiras, especialmente bossa nova e nos divertimos muito. É importante lembrar da versão de "É o Amor" em japonês. Também tocamos algumas coisas e recebemos deles um jornal sobre o Brasil. Nele, havia uma nota, em japonês, falando sobre o Yamaha Brazilian Beat e a gente. Muito estranho ver o nosso nome em japonês. E engraçado também. Pra fechar a noite com chave de ouro, tocamos "Ela". Noite maravilhosa!

Depois corremos pra o metrô, pra pegar o último trem em direção ao hotel. Tomar banho e dormir, porque o dia seguinte seria longo e corrido.

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário