sábado, 10 de dezembro de 2011

QUARTETO NA ÁSIA #4 - Tóquio, Japão. Dia 2


Devido a algumas demandas pessoais, só agora, quase um mês após a nossa chegada, foi possível parar pra terminar de contar as nossas peripécias em terras asiáticas. Antes tarde do que nunca!

"Bi dá ibagens, han?!"

Acordamos cedo pra tomar aquele senhor café da manhã do hotel e sair pra conhecer tudo o que aquele único dia ia nos permitir.

Pegamos o metrô superlotado e, como não podia deixar de ser, alguma coisa deu errado. O metrô parou no meio do trilho, faltando duas estações pra a gente saltar. No mesmo instante, ouvimos um comunicado, em japonês, pelo sistema de alto-falante. Hiwasa traduziu: "Caiu alguém no trilho". Agora, imagine qual seria a reação dos passageiros de um metrô brasileiro, ao receber uma notícia dessas e ficar presos por cerca de 20 minutos. Imaginou? Em Tóquio, as pessoas ficam quietas, em silêncio, esperando a normalização e o retorno do movimento do trem. Sim, é assim! Em nós, a sensação era de agonia e claustrofobia. Os minutos pareceram horas mas, enfim, a situação se resolveu e partimos rumo ao nosso primeiro destino: o Templo Sensoji.

Quando saímos da estação, ao longe, Hiwasa nos mostrou um edifício dourado, todo envidraçado, que tinha no alto uma formação diferente e branca. Ele explicou que o prédio pertencia a uma cervejaria e a sua cor e formato eram para simular um copo de cerveja, com a espuma. Genial! Ao seu lado, pelo menos do nosso ponto de vista, a Tokyo Sky Tree, uma torre que está em finalização, com previsão de inauguração para esse mês. Ela mede 634 metros e é uma das mais altas do mundo.

Caminhamos um pouco e chegamos ao Kaminarimon (Portão do Trovão), que dá acesso a uma espécie de feirinha onde encontramos uma variedade enorme de artigos japoneses à venda. Hora de comprar presentes! Caminhando e comprando, fomos atravessando a feira em direção à Hozomon (Porta do Tesouro), a entrada do templo. Descrever os sentimentos desse momento é impossível. Estávamos diante de uma construção milenar, cheia de simbologias de uma cultura que a gente só entende, ou pensa que entende, quando conhece pessoalmente. O Sensoji foi fundado no ano 645 e, de tempos em tempos, são feitos reparos para que ele esteja sempre conservado.

Saímos de lá e voltamos ao metrô, dessa vez em direção a Ginza, a avenida de Tóquio onde encontram-se as lojas das maiores grifes do mundo, em alguns casos, verdadeiros shoppings. Prada, Tiffany, Louis Vitton e Rolex estão entre as marcas que possuem lojas em Ginza. Lá, nosso objetivo principal era visitar a da Yamaha. Entramos no prédio, que devia ter uns 20 andares, e percebemos que cada um deles era dedicado a um setor: piano, sopro, cordas, partituras, CDs etc. Andamos embasbacados com a quantidade de coisa que tinha lá. Era um mundo de coisas relacionadas a música. Impressionante! Acho que esse foi o momento onde percebemos com clareza como a Yamaha é gigantesca.

Já passava das 13h quando fomos almoçar. A comida japonesa é tão boa que não podíamos deixar passar nenhuma refeição. Após o almoço, ainda em Ginza, visitamos o prédio da Apple e entramos em outra loja de instrumentos musicais, onde encontramos tudo o que procurávamos. Acho que ficamos quase duas horas lá. Saldo final: Silvio com amplificador, Beto com pedal, João com gaita e Thiago com baquetas. Depois desse tempo perdido, ou não, o que nos sobrou era insuficiente para visitar qualquer outra coisa. Sendo assim, voltamos ao hotel para nos preparar para a última noite da viagem.

Ninguém queria que ela chegasse, mas chegou. Nossa última noite na Ásia foi tranquila. Caminhamos pelas redondezas do hotel, numa região que lembrava muito aquelas imagens noturnas da Times Square, cheia de letreiros luminosos e gente caminhando. Andamos meio sem rumo durante um tempo e paramos num restaurante para a nossa melhor e mais variada refeição no Japão. Comemos tanta coisa que não dá pra lembrar de tudo. Beto e Coelho, que não gostavam de peixe cru, reexperimentaram o sashimi (Coelho continuou sem gostar); Silvio e João, saquê. Pra terminar o jantar, um brinde à viagem e voltar ao hotel pois, o retorno começaria cedo. Acordar às 6h para ir ao aeroporto Narita, rumo a Salvador.

Continua...

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