sexta-feira, 25 de março de 2011

Diário de Bordo: Grito Rock #VitóriaDaConquista

Tudo começou às 5h da manhã do dia 24. Aliás, convenhamos: não começou no dia 24, mas na madrugada do dia 23. Resolver os últimos ajustes da turnê, reunir os instrumentos na casa de Beto, fazer cinco marmanjos arrumarem a própria mala e, de bônus, uma eletricidade incontrolável circulando pelo corpo... É, ninguém falou que ia ser fácil.

Dar a partida. Salvador, palco de tantos shows, ficou pra trás e a Quarteto embarca para novos horizontes, novas experiências. Junta todo mundo na van, com aquela euforia de início de viagem. 500km ainda viriam pela frente e era só o começo. Haja chão.

500km distribuídos em oito horas de viagem. Algumas (muitas) partidas de Mau Mau, dormidas, comer e... tcharam: trocar o pneu.

Quem poderia imaginar que o pneu furaria logo no início da turnê? Para os supersticiosos de plantão, não, isso não foi encarado como uma espécie de mau sinal. Pelo contrário. Do que vale a aventura sem um mínimo de emoção? Na pior das hipóteses, teríamos de incorporar a real ideia de pedir carona – o que poderia nos render mais um vídeo engraçado. No entanto, isso não foi preciso; para a infelicidade de nosso produtor audiovisual, Victor Jimmy, que já estava pensando em fazer um documentário sobre a situação inesperada. Por sorte, encontramos bons samaritanos que sabiam onde havia a borracharia mais próxima e em menos de 40 minutos estávamos na estrada novamente. E tome chão.

Às 14h30 alguém anuncia: “Terra à vista!”. Por fim, a Quarteto pisava em um solo acolhedor, um solo Vitorioso. Seguimos direto para o hotel e tentamos dar o ar da nossa graça pela Twitcam – para provar que continuávamos vivos -, mas infelizmente acabou não rolando por problemas de conexão. Ficamos um tempinho no hall de entrada esperando o produtor local, Gilmar Dantas, do Grito Rock, que foi responsável por nos dar boas vindas.

Às 17h fomos convocados a dar uma entrevista na Band FM de Conquista. A entrevista - que foi muito descontraída, diga-se de passagem - rendeu apelidos para João, Silvio e Coelho (Renato Russo e as bailarinas, respectivamente) e um escalde para Beto, que se encontrava com a camisa do Bahia. Até Jimmy, denominado como “Hooligan”, sobrou na história, sendo Thiago o único a se safar das resenhas.

Em seguida fomos descansar para logo mais apresentar o primeiro show dessa turnê. Precisávamos chegar com toda a energia possível para o pessoal de Conquista!

Por volta das 22h30, o frio na barriga começou a nos consumir: estávamos nos arrumando para começar a fazer o som do Grito Rock no Viela Sebo Café. João aquecendo a voz, Beto, Silvio e Coelho se afinando, Thiago arrumando os pratos, Jimmy preparando o gatilho da câmera para o registro.

E... começamos!

O repertório contou, por ordem, com as músicas autorais “Pense e dance, Bete”, “A Praia”, “Olhar de Seda”, “Ela”, “Últimas Dissensões”, “Se Vai” e “Fogo no Colchão”; além da versão de “Dia Branco”, de Geraldo de Azevedo. Um show todo garoto, todo maravilhoso, como diria Leandro Berbert. De bônus, tocamos "Descobridor dos Sete Mares", que levou a galera a loucura!

A energia, os gritos, tudo extremamente contagiante! Foi uma recepção e tanto! Chegamos a sortear dois CDs da Quarteto - que está com seu encarte novo, mais uma novidade para essa turnê. O mais bacana de tudo é que o pessoal de Salvador e demais localidades podiam acompanhar o show via Twitcam, transmissão responsável pelo Coletivo Suiça Bahiana (@suicabahiana).

Conquista deu um cansaço na gente. Ninguém falou que ia ser fácil – mas ninguém disse que não ia ser divertido. Esperamos, sinceramente, que as próximas cidades sejam desse nível pra cima.

Valeu, galera! Até Aracaju – se a gente conseguir carona e se nenhum pneu furar, é claro!

Em breve mandaremos notícias.

Agradecimentos:

Coletivo Suíça Bahiana, Grito Rock, o pessoal da Fora do Eixo e a energia e hospitalidade de Vitória da Conquista.

Um abraço especial para a banda Acord, que teve seu clipe “Viver os dias” divulgado ontem na TVE.

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